Quanto tempo leva para um objeto ficar enterrado?

A detecção de metais vai além de apenas encontrar objetos perdidos; também envolve entender os fatores que influenciam como os objetos acabam enterrados. Vamos analisar cada um desses fatores.

 

É o processo natural de desgaste do solo causado por agentes como água, vento e gelo. Com o tempo, esses elementos podem depositar camadas de terra sobre objetos expostos, soterrando-os progressivamente. Esse processo pode ocorrer de forma lenta ou acelerada, dependendo das características do terreno, transportando minerais e rochas para outras regiões e moldando a paisagem.

 

Refere-se ao acúmulo gradual de partículas de areia e solo em uma determinada área, formando camadas ao longo do tempo. Na detecção de metais, a sedimentação desempenha um papel crucial no soterramento de objetos, pois as partículas se acumulam e os empurram cada vez mais para dentro do solo.

 

Construção de estradas, edifícios e outras infraestruturas podem resultar no acúmulo de solo sobre objetos. Além disso, o movimento da terra durante obras ou práticas agrícolas também pode contribuir para o soterramento de itens.

 

Eventos naturais como deslizamentos de terra, enchentes ou mudanças geológicas podem depositar grandes quantidades de solo rapidamente, enterrando objetos em pouco tempo. Por exemplo, enchentes podem cobrir artefatos com camadas de sedimentos em questão de horas ou dias, dependendo da intensidade do evento.

 

 

 

O tempo necessário para que um objeto seja completamente enterrado varia bastante, podendo levar de alguns anos a milhares de anos. Em ambientes áridos com pouca erosão, objetos podem permanecer expostos por milênios, enquanto em áreas com alta taxa de sedimentação, podem ser rapidamente soterrados.

 

De acordo com pesquisadores da Universidade de Michigan, a atividade humana causa um deslocamento de solo 10 vezes maior do que todos os processos naturais combinados. Essa erosão acelerada, impulsionada principalmente pela agricultura e pela construção civil, enterra objetos em um ritmo muito mais rápido do que a natureza faria sozinha. Assim, a taxa de soterramento depende diretamente da intensidade da atividade humana e das condições ambientais.

 

 

Em 2022, o inglês Michael Leigh-Mallory, de 52 anos, encontrou uma moeda valiosa usando um detector de metais. A moeda foi cunhada no século XIII, durante o reinado de Henrique III, e estava enterrada a cerca de 10 cm de profundidade em um terreno agrícola na vila de Hemyock, Devon, sudoeste da Inglaterra, segundo a revista Galileu.

 

Em 2014, um detectorista descobriu um conjunto de moedas de prata na Ilha Oak, na Carolina do Norte, associado ao famoso pirata Barba Negra. Datadas do início de 1700, as moedas foram encontradas em uma região conhecida por atividades piratas e aumentam o mistério dos tesouros escondidos ao longo da costa atlântica. A erosão costeira e a sedimentação desempenharam um papel crucial no soterramento e preservação dessas moedas.

 

Segundo o G1, Paulo César Júnior, 44 anos, e Nádia Moreira, 55, moradores de Santos, praticam a detecção de metais como hobby nas praias brasileiras. Ao longo dos anos, encontraram diversos objetos, incluindo um iPhone 11 enterrado a cerca de 30 cm na areia de Santos, em 2021, e um drone perdido no mar.

 

Em 2013, um casal do norte da Califórnia encontrou um verdadeiro tesouro enquanto caminhava com seu cachorro em sua propriedade. Usando um detector de metais, eles descobriram 1.427 moedas de ouro datadas entre 1847 e 1894. Esse achado, conhecido como Saddle Ridge Hoard, é considerado um dos maiores tesouros enterrados já encontrados nos EUA, avaliado em mais de 10 milhões de dólares. As moedas foram preservadas em latas metálicas, protegidas pelas condições estáveis do solo da região.

 

Em 9 de junho de 2023, um grupo de caçadores de tesouros amadores encontrou um artefato histórico durante uma expedição. Um dos membros detectou um sinal próximo a uma laje de concreto e, ao escavar, encontrou o que parecia ser uma simples arruela a 3 cm de profundidade. Após a limpeza, perceberam que continha símbolos chineses e, com a ajuda do Google Lens, identificaram a peça como uma moeda da Dinastia Qing, datada entre 1750 e 1780.

 

Em 2020, um entusiasta da detecção de metais encontrou uma rara moeda de ouro espanhola em uma praia da Flórida. A moeda remonta à frota de 1715, que naufragou na costa da Flórida durante um furacão. Essas moedas são altamente valorizadas por colecionadores e fornecem importantes insights históricos sobre o período das explorações e colonizações espanholas. A movimentação das areias e as frequentes tempestades desempenham um papel fundamental no soterramento e exposição desses artefatos.

 

Neste guia, exploramos o processo natural que leva um objeto a ser enterrado e descobrimos que o tempo necessário para isso varia conforme vários fatores. Mas a aventura não termina aqui! A detecção de metais oferece uma oportunidade única de desvendar segredos do passado, descobrindo objetos perdidos e histórias esquecidas.

 

Com os detectores de metais da Minelab, você terá a melhor tecnologia para começar sua jornada na detecção. Explore a natureza, sinta a emoção da busca e desvende os mistérios do passado.